sexta-feira, 14 de junho de 2013

Farinha de Amora...sempre

Se vc começou a ler meu post, obrigada, mas vou deixar uma dica para a sua leitura ficar legal, não leia em forma de lamúria como o conteúdo sugere, não sou assim, leia com voz ou idéia firme, sem sofrimento, entendeu?


Muito redundante isso, mas tenho que falar. A farinha de amora mudou os meus dias. Recomendo a todas desesperadas e perdidas na menopausa.
Bem.....voltando ao foco que não é foco. Depois da surtada arbitrária do meu marido, ele tentou consertar as coisas com jóias, flores e jantar. Foi pior, pq não adianta investir nisso e continuar fazendo tudo igual. Para piorar e me fazer ficar com ódio dele, até então só estava zangada, mas ele cancelou meu cartão de crédito.
Golpe baixo de pessoa disposta a qualquer coisa para prejudicar a outra. Então, como vou olhar para uma pessoa dessa e sentir amor, e confiar e desejar? Estou com nojo, antipatia e me sentindo sufocada.
Como vou explicar, ele se tornou uma pessoa sem limites. Nada está bom para ele. Quanto mais ele exige, mais ele exige e eu não consigo mais suprir essas necessidades de ajuste e sinceramente ainda que eu não tivesse chegado ao meu limite eu não iria querer fazer mais isso. 
Estou com ódio profundo de mim, fui permissiva, dei vazão a sua falta de limites, a sua arbitrariedade aos seus abusos e agora fica difícil de consertar até porque o mundo inteiro está errado em tudo e ele é uma pessoa perfeita, certa 150% das vezes. Enquanto escrevo a vontade é de chorar muito, meu estômago dói e eu estou com muita, muita, muita vontade de desaparecer e ir embora. Porque eu sei que nada vai mudar, nada vai melhorar e eu não quero viver assim. Morei com minha mãe algum tempo, ela era igualzinha, como pode isso? Dentro de casa tinha o diabo no corpo, arbitrária, explosiva, violenta (ele não é tanto assim), mas na rua era uma pessoa maravilhosa, querida, amiga, companheira, feliz, igualzinho a ele. Como eu não sei disfarçar o que sinto, parece que eu sou a errada. Como estou infernizando e virando de cabeça para baixo todo mundo dentro do que deveria ser meu templo sagrado e vou para a rua sorrir para quem eu nao conheço e nem compartilha nada comigo?  Não faz sentido na minha cabeça.
Por outro lado, eu estou muito, muito, muito errada. Me tranquei dentro de casa como se estivesse em uma redoma, protegida de todos os males, pouco saio, pouco ligo para as pessoas, pouco me relaciono com o mundo. Mas tem uma explicação, não que justifique, mas explica. Venho no processo da minha vida com um histórico de muitas derrotas e fracassos. As coisas sempre foram muito difícieis (sei que é para todos, mas essa a minha história), quando finalmente me casei, já aos 40 anos, ganhei um porto seguro ou quis que fosse um porto seguro. Antes eu nadava e morria afogada com água nos meus pés, agora descobri o que é proteção, ele me protege e me mantém. Adorei isso, vivi um sonho. Mas acabou que todo esse processo me deixou muito medrosa, apavorada e o que era uma característica minha, a ousadia o empreendedorismo,  se transformou numa paralisia total. Fui fazer faculdade mas nunca trabalhei na minha área, de tanto medo de dar errado, me dá até enjoo de pensar. Então entendeu por que me culpo por todo esse processo? Não tem bem sem ter o mal, deve ser por aí. Aí toda vez que quero ir embora, não posso, porque vergonhosamente as vésperas de 50 anos, não me sustento e nem sei me sustentar, porque me acho a pessoa com nenhuma habilidade, passo as vezes o dia inteiro pensando e buscando alguma coisa que eu me identifique, que eu possa fazer para ganhar dinheiro, mais uma  vez me sinto completamente paralisada. Reconheço todo e cada erro meu, o difícil é mudar isso. Mas, sou sagitariana e não desisto e nem perco as esperanças.

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