terça-feira, 16 de julho de 2013

É farinha de amora, mas o assunto hoje é outro também.

Hoje vou mudar um pouco o foco.
Vou falar da voz de criança e brincadeiras que vêm da casa da vizinha.
Isso está mexendo muito comigo, pois as gargalhadas, as músicas a alegria, estão me fazendo lembrar de quando meu filho tinha cinco, seis, sete, oito anos. Ahhhh que saudade, passou tão rápido e derepente essa alegria acabou, a casa está vazia, há um estranho convivendo comigo que não me entende e eu não consigo alcança-lo. Está com 16 anos, é alto, tem barba, voz grossa e personalidade. Não tem mais abraço, música, histórias e piadas. Não tem mais beijos, comidinhas, passeios. Vejo esse estranho cada dia que passa ficar mais e mais longe de mim, uma tristeza está me dando viver tudo isso. Lembro que me tornei uma estranha para minha mãe também. Porque que tem que ser assim? Em que momento nos perdemos do nosso filho. Aquela criança amada, tão bem cuidada, alegre, falante, se tornou um cara trancafiado em seu quarto, que já não divide nada comigo. As vezes espero ele dormir para beijá-lo, não que ele não me abrace, não me beije, mas é diferente. Sinto-me apenas a pessoa má, que faz cobranças, impões regra e cobra. Procuro ir até a minha adolescência, está tudo dentro da normalidade, entendo o isolamento a vontade de escutar suas músicas, que pra falar a verdade, são as mesmas músicas que eu ouvia aos 16 anos, lembro que aquele era o meu mundo e que nada o violava, entendo isso nele também. Mas como mãe, estou sentindo falta do aconchego, do cuidar dele, da conversa olho no olho sincera e cheia de amor. Sinto que ele precisa de mim, mas não sei de que maneira dar esse colo sem ser invasiva.
Acho também que isso tudo se deve a uma medida dura que tomei com ele. Fui viajar, como sempre deixo meu cartão de débito em casa para uma emergência ou necessidade. Ele tem acesso e minha inteira confiança. Mas algo aconteceu e ele perdeu a mão a noção sei lá. Fui ver minha conta e ela estava no vermelho, ao pegar o extrato ele tinha feito muitas coisinhas, aquelas pequinininhas que a gente acha que não é nada e ao somar tudo deu um total de 500 reais. Fiquei chateada, ele tem idade para discernir sobre o certo e o errado. Acordei ele aos tabefes, passei uma descompustura e vendi o play station 3 por 400 reais. para pagar o rombo. Ahhhhhiiiii estou arrasada juro, sei que fui muito dura, mas ele precisa aprender a medir seus atos, saber que tem causa e consequência. Mãe é um ser que sofre em todos os sentidos porque a gente vai do céu ao inferno em três segundos no conceito de um filho. O que me consola são meus pensamentos amenizando a situação e dizendo que esse assunto em futuro não distante estará tirando gargalhadas de toda a família.

Voltando ao foco vou descrever o que a menopausa tem feito comigo nos ultimos dias.
Estou com uma insistente dor de cabeça, enjôos, tristeza e não consigo dormir direito de tanto que sinto frio e calorões, frio e calorões. Estou com olheiras que está me dando vontade de chorar de tãooooo feia que estou, uma cara abartida de doente.  Tenho tomado a amora apenas uma vez ao dia, sou negligente mesmo.
Pra tentar me tirar do marasmo (Deus que me perdoe), mandei a empregada embora para me agitar, assim não poderei me entregar. Enquanto escrevo, minha cabeça lateja e um sono profundo toma conta de mim. Mas a idéia é reagir.

Tentei colocar uma foto linda de mim com o meu filho quando nasceu, ele tinha 27 semanas e 900 gramas. Mas o google está com problemas hoje, depois eu posto......meses depois, consegui. Olha que foto linda, ela diz tantas coisas.

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